Mais de 5 mil trabalhadores rurais, reuniram-se em ato de protesto com concentração em frente à Assembleia Legislativa do Maranhão, na manhã desta nesta terça-feira (23), em São Luís.
Em manifestação, Os trabalhadores rurais pedem atenção das autoridades para os problema da violência no campo no estado. Por volta das 7h30, os manifestantes tomaram a avenida Jerônimo de Alburquerque passando pelo Elevado do Trabalhador. O trânsito ficou caótico.
Trabalhadores rurais de diversos municípios participaram do protesto. Os manifestantes pedem paz no campo, com a implementação de políticas públicas e leis que garantam respeito e valorização do trabalhador rural.
Os manifestantes também exigem melhorias na educação, saúde e questões ambientais para as comunidades rurais.
Segundo dados apresentados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Maranhão é o terceiro Estado com mais conflitos no campo.
Alguns dados da CPT sobre as parciais de conflitos no campo brasileiro do primeiro semestre do ano passado, 2023, ilustram bem o atual momento do país em relação à violência no campo: foram registrados 973 conflitos no campo, provocando um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2022 e o segundo maior registro dos últimos dez anos.
Segundo o levantamento da CPT, 171 conflitos por terra, 13 casos de trabalho escravo rural, sendo 104 pessoas resgatadas em situação análoga à escravidão, além de 22 casos de disputa por água. Com relação à violência contra a pessoa, foram registrados quatro assassinatos e sete tentativas deste crime.
A região nordeste é a que mais apresenta ocorrências de conflito, com um total de 1.146. Os municípios que apresentam a maior concentração de casos são Amarante escravidão (44), Bom Jardim (47) e Viana no Maranhão (45) e, em Pernambuco, Jaqueira com 46 casos. A região norte fica em segundo lugar, com um total de 931. ( imirante ).
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