Cidade pequena, simples, sem violência, atrativa para turistas do Brasil e do mundo. Assim é Nova Iorque no Sul do Estado do Maranhão. cerca de 563 km distante da capital maranhense.
‘Nova Iorque” é a menor cidade do estado brasileiro, Segundo os dados populacionais, a cidade tem 4.320 habitantes e, é cheia de empreendimentos locais, principalmente de mulheres autônomas, que movimentam a economia junto ao turismo local.
EMPREENDEDORISMO FEMININO
Uma dessas mulheres é Ana Júlia Santos, de 54 anos, Nascida e criada na pequena cidade maranhense, ela é pescadora, mas se viu desafiada a aumentar a renda quando passou a cuidar dos dois netos, de 4 e 6, que viviam no Pará antes de serem abandonados pelos pais.
“Duas crianças pequenas, na minha idade, só com o Bolsa Família, é difícil demais”, diz a dona Ana, se referindo ao valor de R$ 600.
A saída é vender sabão caseiro, feito sem soda, para não dar alergia. Após o preparo, Santos coloca em latinhas e sai vendendo na rua ou em casa mesmo.
A pesca fica por conta do companheiro. Ana também é cozinheira e já trabalhou em bares e restaurantes na cozinha, mas não quer mais fazer isso em locais onde vendem bebidas alcoólicas. “Eu sou muito boa na panelada, eu me garanto”, diz.
O sonho da dona Ana, é ter o próprio carrinho “daqueles que tem um guarda-chuva”, para ela poder armazenar comida e vender na praça, área que concentra os principais eventos da cidade, ou levar para a Praia do Caju, ponto turístico de Nova Iorque
O espírito de empreendedora da dona Ana, surgiu não por ser totalmente obstinada aos negócios, mas por pura necessidade, devido ao sofrimento que já passou na vida. Ela conta que já perdeu o irmão, a mãe e o filho está preso. “Eu tô lutando e eu vou chegar lá”.
MULHERES AUTÔNOMAS
Ana Claudia Brito Sousa, de 47 Anos. Funcionária pública, ela trouxe o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) para o município em 2013, quando começou a reunir os empreendedores da região. Foram oferecidos diversos cursos, entre eles de educação financeira e sobre como vender melhor.
Com o passar do tempo, alguns desses empreendedores foram se afastando e ela decidiu criar o grupo de Mulher Empreendedora, em 2019, para agregar mulheres que antes não tinham renda e desejavam avançar com seus negócios. “Elas começaram a ter uma nova visão em relação ao empreendedorismo.”
As mulheres ocupam feiras na praça e também na Praia do Caju, que antes acontecia de 15 em 15 dias, onde obtêm sua renda vendendo cosméticos, trabalhos artesanais, como laços e sandálias, e paneladas.
Lusa Saraiva, de 43 anos, vende cosméticos, como cremes e perfumes, mas também alimentos, como geladinhos (preparados à base de água e sucos) gourmet na praia, com o seu Gelados Lu Zero Graus. “Eu sou uma pessoa dos turistas”, afirma.
As empreendedoras tiveram uma visibilidade maior de seus negócios no mês de abril. Elas apareceram no telão de uma “Taimes Isquere” –inspirado na Times Square— construída pelo banco digital will bank, no intuito de dar mais visibilidade a esses autônomos. Elas tiveram seus negócios divulgados ao lado de outros empreendedores da cidade.
A FORÇA DO EMPREENDEDORISMO FEMININO
O empreendedorismo feminino impulsiona a economia local, gera oportunidades de emprego e traz muitos impactos positivos para a comunidade, além de ser uma inspiração para outras mulheres.
Nos últimos anos, o empreendedorismo feminino vem se destacando através do crescimento econômico e inovação no Brasil. Segundo uma pesquisa feita pelo SEBRAE, aproximadamente 73% dos empreendimentos são majoritariamente femininos.
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