Várias pessoas foram presas na Suíça, nesta semana, depois que uma mulher utilizou uma “cápsula” de assistência ao suicídio. O dispositivo tem a forma de um sarcófago e permite uma pessoa a tirar a própria vida sem assistência médica.
Embora o suicídio assistido seja legal em determinadas circunstâncias na Suíça, o uso da cápsula Sarco tem gerado controvérsia.
A cápsula em questão está fora da lei e não tem permissão para ser operada no país, segundo as autoridades. Segundo a mídia suíça, esta é a primeira vez que a cápsula, chamada “Sarco” (de sarcófago), foi usada.
A The Last Resort, uma associação que promove a cápsula, anunciou que a primeira mulher a usar o dispositivo foi uma mulher norte-americana de 64 anos.
A associação acrescentou que a mulher “sofreu por muitos anos de uma série de problemas graves relacionados a uma severa deficiência imunológica”.
Florian Willet, copresidente da The Last Resort, “foi a única pessoa presente no momento da morte” e descreveu a morte da mulher como “pacífica, rápida e digna”,
Segundo a associação O procedimento ocorreu “sob as árvores”, em uma área florestal privada.
A polícia suíça disse que um processo criminal foi aberto por incitação e assistência ao suicídio.
A cápsula foi confiscada, e o corpo da mulher que morreu foi levado para a autópsia. Fora da leiInventada pelo australiano Philip Nitschke, um ex-médico conhecido por posturas controversas sobre a eutanásia, a cápsula é uma pequena cabine violeta com rodas.
COMO FUNCIONA
O usuário precisa deitar-se dentro dela e responder a uma série de perguntas para confirmar que compreende o que está fazendo antes de acionar o botão que libera nitrogênio.
Em julho, os responsáveis pelo dispositivo afirmaram que queriam que ele fosse utilizado pela primeira vez na Suíça.
Na segunda-feira (23), a ministra do Interior suíça, Elisabeth Baume Schneider, disse que a “cápsula de suicídio Sarco não está em conformidade com a lei”.Em primeiro lugar, porque não atende aos “requisitos de segurança dos produtos”. Além disso, o uso de nitrogênio dentro do dispositivo “não é compatível” com a lei de produtos químicos, disse a ministra.
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