Um dos principais atletas do Real Madrid na atualidade, e cotado para ser eleito o melhor jogador de futebol do mundo neste ano, Vini Júnior tem convivido com frequentes episódios racistas na Espanha.
Nesta quarta (17). O Real Madrid, clube onde joga o brasileiro, informou que uma pessoa que não teve a identidade divulgada foi condenada na Espanha por proferir ofensas racistas contra Vini Jr.
Segundo comunicado do Real, a pessoa atuava “por trás de diversos pseudônimos no fórum da edição digital do jornal ‘Marca'” e “dirigiu graves ataques e insultos racistas contra nossos jogadores Vinicius Junior e Antonio Rüdiger”.
O acusado se declarou culpado, e a Justiça o condenou a uma pena de prisão suspensa de oito meses de prisão — ou seja, ela não deverá ser cumprida, a menos que o condenado reincida no crime, e este deverá participar de um programa de promoção de igualdade e de não discriminação.
“Esta é a segunda condenação criminal por insultos racistas recebidos por ofensas contra jogadores do Real Madrid, que neste caso, e pela primeira vez, sancionou ataques intoleráveis desta natureza que também ocorrem em fóruns digitais e nas redes sociais”, diz o comunicado do clube.
Em junho, três espanhóis identificados como torcedores do Valencia foram condenados por injúrias contra Vini Jr. Eles foram condenados a oito meses de prisão e proibidos de frequentar estádios no país por dois anos.
O episódio que levou às condenações aconteceu em 21 de maio de 2023, em partida no estádio do Valencia, na cidade de mesmo nome. Vini Júnior, como é conhecido, foi chamado de “mono” (“macaco”, em espanhol) por integrantes torcida adversária.
A partida chegou a ser interrompida, mas foi retomada, e o atacante brasileiro foi expulso após reagir a uma agressão de um adversário.
Dias depois, os três acusados chegaram a ser detidos, mas posteriormente foram liberados e acompanharam o julgamento em liberdade.
Ainda não há certeza se os condenados chegarão a ser presos após a condenação, já que a lei espanhola permite suspensão das prisões inferiores a dois anos em caso de réus primários. Eles terão de pagar as custas do processo.
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